Coletiva de Impressa Marco Feliciano

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Vença através do Perdão

Mateus 18.21-35
 Consultamos a Palavra de Deus em Mateus 18.21-35, num diálogo que Pedro teve com o nosso Senhor Jesus, podemos entender mais claramente o conceito do perdão. Conversando com Cristo, Pedro perguntou: " Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? (...) Até setenta vezes sete, respondeu Jesus".
 Certamente, Jesus não colocou um limite numérico (490 vezes), mas Ele quis demonstrar ter sempre disposição para perdoar. Esta resposta talvez tenha impactado os apóstolos, provocando em suas mentes alguns questionamentos.
Cristo então, passa a lhes contar A parábola do credor incompassivo ( Mt 18.23-35). Nos vs. de 23.27 Jesus está ensinando que a nossa capacidade em perdoar está baseada no perdão total que nos foi oferecido por Deus, em Cristo Jesus  (Cl 3.3.13; Ef 4.32). No v. 33, Jesus afirma que é absolutamente necessário termos espírito perdoador, como Deus teve para conosco, a fim de que nossos relacionamentos não sejam abalados e até rompidos. E, finalmente, Jesus adverte quanto ao preço a ser pago por aquele que se recusa a perdoar (vs. 34-35).
Vejamos este assunto mais detalhadamente.

1° O que não é perdão

Perdoar não é esquecer
Há pessoas que realmente perdoam, mas não conseguem esquecer mentalmente e, por isso, acham que realmente nunca perdoaram. A mente humana é um verdadeiro computador. Ela é capaz de registrar 800 recordações por segundo durante 75 ano, sem falhar. Na verdade, nunca esquecemos nada. Achamos que sim, mas na realidade aquilo que aconteceu conosco está arquivado para sempre em nossas mentes. Por isso é necessário fazer-se distinção entre esquecimento emocional e mental. Lembrar a ofensa de tal modo que ela continue a afetar o relacionamento emocional, não é perdoar. Porém, lembrar a ofensa como um fato consumado, sem significação ou efeito negativo em meu relacionamento, é perdoar.

 2° Perdão não é sentimento

Deus nos dá uma ordem: Perdoai-vos mutuamente ... (Cl 3.13). As vezes somos manipulados por nossas emoções e sentimentos. Eu também não senti vontade de perdoar meu amigo; afinal de contas, ele me feriu, ele deve me pagar! Mesmo com o orgulho tentando me impedir, a ordem de Deus precisa ser obedecida. Perdão é um ato de fé baseado na ordem de Deus.
Sempre que voltamos a pensar no que aconteceu, continuamos alimentando um ressentimento, uma amargura . Trazer o passado de volta é uma força destrutiva porque:
  • Não há nada que se possa fazer para mudar algo que já aconteceu;
  • Utiliza a energia emocional que a pessoa necessita para as exigências do dia-a-dia ( Sl 32.1-5), tornando-se extremamente difícil à pessoa  realizar mudanças em sua vida. Alguém o ofendeu e pediu perdão. Você não perdoou. Agora você é responsável por prejudicar o relacionamento;
  • Não desligar do passado e prosseguir tentando fingir que nada aconteceu, é falta de entendimento sobre o perdão de Deus em suas vidas. Há pessoas que estão sendo destruídas pelo passado!
  • Perdão não é exigir mudanças, por parte da outra pessoa, antes de nosso perdão.
  • Você talvez tenha sido profundamente machucado, ferido. Talvez já tenha passado  por sua mente: "Quero ver mudança na vida daquela pessoa  que me ofendeu, antes de perdoá-la". Deixe-me, porém, pedir-lhe que pare um pouco e pondere sobre o seguinte fato: Jesus perdoou mesmo sabendo de antemão que seria humilhado e ferido. Deus quer que você perdoe, mesmo que não haja mudança da parte da pessoa que o feriu. Quando exigimos mudanças na vida de outra pessoa, nos colocamos no papel de Juiz.
O que é perdão
Creio que uma das coisas mais difíceis da vida cristã é perdoar; especialmente quando fomos profundamente feridos. Mas, mesmo assim, é isso que Deus quer. Você já meditou atentamente no quanto custou para Deus perdoar a você e a mim?
O seu filho! O seu único Filho! Que alto preço!
Perdoar vai custar seu orgulho. É não exigir seus direitos. É não se vingar. Na realidade, é deixar a pessoa livre, nada devendo. É não querer que a pessoa pague pelo seu pecado.
É "outrocentralizado" e não "autocentralizado". É tirar os olhos de si mesmo, de sua dor, de sua autocomiseração, eagora ver aquela pessoa em sua miséria e sentimento de culpa. É dar amor quando ela espera ódio. É dar compreensão quando espera raiva, vingança. É dar liberdade quando merece punição. É recusar buscar sua própria vontade. Para que haja esta reação é preciso tempo, é preciso permitir que o Espírito Santo faça sua obra de restauração no coração e o preencha das graças generosas de Deus.
O Apóstolo Paulo afirmou este conceito quando em 2 Co 5.21 diz: "Aquele que não conheceu pecado, (Jesus Cristo) Ele o fez pecado por nós"; ( Literalmente, Ele se tornou pecado por nós, isto é, em nosso lugar) "para que, nele fôssemos feitos justiça de Deus". 

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